segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Futsal Feminino - Este é o momento!

Começo este artigo pelo fim, apresentando já a sua conclusão: Este é o momento mais importante do Futsal feminino português!
E agora... explico o porquê:
Nos últimos tempos, temos assistido a uma evolução constante na afirmação do futsal feminino em Portugal ao nível de vários sectores, nomeadamente na visibilidade, organização e sustentabilidade, com inúmeras acções que nos têm catapultado para que hoje já sejamos uma voz activa (ainda que pequenina) no panorama desportivo nacional.
Enumero algumas acções, por ordem cronológica, que sustentam a minha afirmação:
 
2009
A participação no Mundial Universitário no Brasil com liderança do então seleccionador nacional masculino (Orlando Duarte) e onde nos sagramos vice-campeões, dando alguma visibilidade do futsal feminino nos "media", que até aí era inexistente, além de estruturalmente nos ter preparado para a reactivação da Selecção Nacional.
A petição sobre a discriminação do futsal feminino nos Jogos da Lusofonia, liderada por Fernanda Piçarra, que foi entregue e discutido na Assembleia da República, levando a que mais uma vez os "media" falassem do futsal feminino, mas acima de tudo, levando à "abertura" e consciencialização de algumas mentes sobre a desigualdade existente no desporto feminino em Portugal.
O projecto "O Jogo das Raparigas", liderado pela a APMD - Associação Portuguesa das Mulheres e Desporto, onde pela 1ª vez existe um projecto de fundo vocacionado para o desenvolvimento estrutural do futsal feminino em Portugal, liderado por pessoas pertencentes ao nosso "meio" e que diariamente sentem as "nossas" dificuldades, e que por isso sabem quais o pontos fulcrais e essenciais que têm que ser desenvolvidos e melhorados, além de darem uma "voz" a todas as equipas, para que TODOS possa fazer parte do projecto e da sua reestruturação.

2010
A participação no Mundial Universitário na Sérvia, onde nos sagramos mais uma vez vice-campeões, dando novamente uma visibilidade ao futsal feminino nos "media".
A Reactivação da Selecção Nacional em Dezembro de 2010 ao fim de 6 anos de inactividade, para disputar o Torneio Mundial (Madrid), onde brilhantemente conseguimos ser vice-campeãs, levando a que o futsal feminino fosse mais uma vez falado na comunicação social, além de ter criado um objectivo único a todas as atletas nacionais: representar a camisola das quinas!
2011
A participação da Selecção Nacional no II Torneio Mundial (Brasil), onde conseguimos mais uma vez o pódio (3º lugar), levando a que a comunicação social a fazer uma cobertura nunca vista da selecção nacional feminina, com notícias diárias na rádio estatal, TV e todos os jornais desportivos diários.
Eleição de uma nova direcção para a FPF, liderada pelo Dr. Fernando Gomes, que tem como bandeira o desenvolvimento do futsal português, com particular destaque para o feminino, além de contar nos seus quadros pessoas do futsal, nomeadamente Pedro Dias (Delegado da Uefa - Futsal) e Daniela Costa (Líder do projecto "O Jogo das Raparigas").
No entanto, apesar de tudo, creio que todo este trabalho está alicerçado apenas no esforço de algumas pessoas (sempre as mesmas) que lutam diariamente por um futuro melhor para o futsal feminino português, o que me leva a pensar se todos temos capacidade e sustentabilidade para que possamos chegar mais além, passo a explicar:
Um dos projectos da nova direcção da FPF é o campeonato nacional de futsal feminino, o que na minha opinião será o passo decisivo para que o futsal feminino definitivamente evolua e consolide a sua posição no desporto nacional, no entanto, o que eu sinto é a maioria dos intervenientes do futsal feminino não está preparado para isso, pois a mentalidade da maioria dos dirigentes, alguns treinadores e principalmente das atletas é ainda muito amadora, redutora e limitada. Creio que a maioria dos dirigentes é contra o campeonato nacional, e o motivo pela qual são contra é sempre o mesmo "custa muito dinheiro"! Então a mentalidade correcta não seria antes ver que se um clube estiver presente num campeonato nacional, isso irá trazer mais prestígio, mais divulgação e consequentemente mais apoios financeiros e estruturais.
Quanto aos treinadores, apesar de haver uma melhoria nos últimos anos, o futsal feminino conta ainda com uma percentagem enorme de "maus" treinadores, com formação comportamental e técnico-táctica muito limitada (para raparigas serve...) e que há primeira oportunidade sairão para um clube sénior masculino, nem que seja para a 5ª divisão distrital... e por isso creio que a maioria não está preparada para um campeonato nacional e para as suas exigências globais.
Por último, as atletas... neste momento de total amadorismo, a maioria das atletas estão ou trocam de equipas apenas pelas "amigas" ou porque jogam muito tempo, ou seja, muitas vezes não importa se o treinador é fraco, se o clube não tem condições nem ambição, se as atletas não têm qualidade, apenas importa porque a "Maria" e a "Antónia" jogam lá e são fixes ou porque "o mister põe-me a jogar muito tempo", nem que seja "tudo ao monte e fé em Deus", "o que importa é que eu jogo muitos minutos!"
Perante isto, o meu sentimento é antagónico com a criação de um campeonato nacional, pois se por um lado creio que ainda estamos preparados para isso, por outro lado tenho a esperança que este poderá ser "o ponto de viragem" para que as mentalidades de todos se alterem, isto é, para que dirigentes desenvolvam projectos estruturados, para que cheguem melhores treinadores ao futsal feminino ou que os actuais procurem evoluir mais, e principalmente para que as atletas deixem de estar cá apenas pelas amizades ou pelo tempo que jogam, mas porque querem aprender e evoluir e potenciar o seu nível qualitativo, visto que há partida no campeonato nacional estarão as melhores atletas nacionais...
Concluo então da mesma forma que comecei: Este é o momento mais importante do Futsal feminino português!
Só espero que TODOS sintam o mesmo e que tenham consciência de que para que o futsal feminino evolua, TODOS também o temos que fazer!
Pensem nisto...
Abraço
Pedro Silva
in: www.futsal-coach.blogspot.com

TAÇAS NACIONAIS DE FUTSAL COM NOVO MODELO COMPETITIVO


A nova Direcção da Federação Portuguesa de Futebol está realmente interessada a desenvolver o Futsal e nessa perspectiva, já aprovou e divulgou alterações às Taças Nacionais (Juvenis, Juniores Masculinos e Seniores Femininos), que entrarão em vigor já na presente época de 2011/2012.
O modelo competitivo é igual para todos os escalões e será disputado segundo o novo modelo:

1ªFASE
- Apuram-se os 18 campeões distritais de cada associação que serão divididos em 3 séries de 6 (seis) clubes cada, que jogarão entre si em poule a duas voltas para apurar o 1º classificado.

- Para preencher alguma vaga existente, as associações distritais com maior número de clubes a disputar provas dessa categoria, vão indicar mais 1 clube

2ª FASE
- O primeiro classificado de cada série, mais o representante dos Açores/Madeira, num total de 4 clubes, jogarão entre si em poule a duas voltas, para apurar o campeão nacional.

- Se não houver representantes das ilhas, será apurado o 2º melhor classificado das 3 séries da 1ª fase.

As datas para início destas competições também já foram anunciadas, com a prova de Juniores Masculinos a iniciar-se no fim de semana de 1 de Abril de 2012, seguindo-se os restantes escalões, a 14 e 15 do mesmo mês.

Perante o novo modelo, há associações que já garantiram o segundo representante na 1ª fase. Assim temos:

Seniores Femininos
2 vagas (Beja e Portalegre), ocupadas por Lisboa (32 clubes) e Leiria (25). Se houver outras vagas, temos Porto (20), Aveiro (16) e Braga (15).

Juniores Masculinos
3 vagas (Beja, Guarda e Portalegre). Entram Porto (46), Lisboa (44) e Aveiro (16). Mais vagas, Braga (15) e Leiria (14).

Juvenis
5 vagas (Beja, Guarda, Portalegre, Viana Castelo e Vila Real). Substituídos por Porto (50), Lisboa (45), Leiria (22), Aveiro (20) e Setúbal ou Coimbra (13). Outras vagas, Braga (11), Santarém e Viseu com 9 clubes.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Futsal feminino na Palestina !

É incrível mas, ao que parece, é mesmo verdade.
Na Palestina, território mais conhecido por guerras e onde a vida das mulheres não é fácil, vai começar uma liga feminina de futsal que contará com 10 equipas, sendo que já começou uma liga de futebol, com menos equipas (6), sendo que o jogo inaugural teve a assistência de 8000 pessoas.
Estes 2 factos, são descritos pelo Presidente da Associação de Futebol Palestiniana, Jibril Rajoub, como "um passo revolucionário para o desporto feminino na Palestina".

E em Portugal, quando é que a F.P.F. se digna criar um Campeonato Nacional Feminino ?

domingo, fevereiro 20, 2011

Onde estão ?

Onde estão os(as) dirigentes e treinadores(as) - poderia citar alguns nomes - que tanto “lutaram” pelo Campeonato Nacional de Futsal Feminino ?
Porque estarão agora tão calados(as) ?....
Estranho não é ?!!!!!!...................
Talvez não seja assim tão estranho, na devida altura eles e elas voltam a aparecer, agora não lhes convém ……..

CURIOSO !!!!!

Um dos objectivos principais do Projecto “O Jogo das Raparigas” é: 
“A sensibilização de públicos estratégicos: dirigentes de clubes, de associações distritais de futebol, de eleitas/os do poder local, para a necessidade de promover medidas e programas específicos que apliquem o princípio da igualdade e da não discriminação”.
O curioso é que ainda não se viu nada pela criação de um Campeonato Nacional Feminino !!!

NÃO SE PERCEBE……

- 276 equipas (226 seniores e 50 juniores), disputam os vários campeonatos distritais de futsal feminino.
- 10 equipas disputam o campeonato nacional de futebol de 11 feminino.
- 27 equipas disputam o campeonato de promoção de futebol de 11 feminino.
PORQUE SERÁ QUE UMA MODALIDADE COM 276 EQUIPAS INSCRITAS NÃO TEM DIREITO A UM CAMPEONATO NACIONAL E OUTRA COM APENAS 37 TEM DIREITO A UM CAMPEONATO NACIONAL ?

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Não vamos desistir.....



DESAFIO PARA TODAS AS JOGADORAS DE FUTSAL
MaisFutsal propõe que todas as jogadoras enviem para a F.P.F. um mail com a frase: " EU QUERO JOGAR NO CAMPEONATO NACIONAL DE FUTSAL FEMININO !!!"
Os mails deverão ser enviados para os seguintes endereços: info@fpf.pt, secretario_geral@fpf.pt, rev.amadores@fpf.pt, futsal@fpf.pt, fut_futsal@fpf.pt, fut_feminino@fpf.pt.

domingo, novembro 14, 2010

Selecção feminina - Prenda envenenada

     A Selecção Nacional de futsal feminino está de volta. A FPF decidiu reactivar uma equipa que não competia desde Abril de 2004, altura em que empatou com a Espanha a três golos. Segundo a F.P.F., esta medida visa essencialmente acompanhar o desenvolvimento que a modalidade tem tido nos últimos anos em Portugal, criando também um espaço para que as melhores jogadoras nacionais possam aparecer.
     Jorge Braz, seleccionador de futsal masculino, será também, a liderar a formação feminina. O regresso da equipa portuguesa coincidirá com a participação numa competição que decorrerá em Espanha e contará com algumas das melhores selecções europeias.
     É sem sobra de dúvida uma boa notícia para o futsal feminino, mas será que é tão difícil perceber que a caminhada começou a meio do percurso !!!. Começar pelo início seria começar pelo Campeonato Nacional, a própria escolha das seleccionadas estaria assim facilitada.
     É claro que para Lisboa e Porto é preferível avançar já para uma selecção, pois já têm campeonatos competitivos, só que Portugal não é só esses dois distritos, ou estaremos enganados ?

     Começa a irritar a hipocrisia dos senhores da Federação continuam com manobras malabaristas a evitar a criação de um Campeonato Nacional apostando apenas no Futebol de 11 feminino. Como é que há condições para um campeonato nacional de futebol de 11 com pouco mais de duas dezenas de equipas no país e não há para uma modalidade com centenas de equipas, quem é que querem enganar ?

segunda-feira, outubro 04, 2010

MUDANÇA NAS REGRAS DE FUTSAL


A FIFA introduzindo três alterações que afectam principalmente os guarda-redes.

As regras do futsal voltaram a sofrer algumas alterações, com essas a fazerem-se sentir já nesta temporada, prestes a arrancar. Foram três os artigos que a FIFA alterou e que afectam principalmente os guarda-redes.

A primeira dá maior responsabilidade aos árbitros, pois o artigo 7 (duração de jogo) diz agora que será o árbitro a dar a partida por encerrada, e não o habitual sinal sonoro que vinha da mesa. Caso o árbitro entenda, a partida, mesmo que passe do tempo regulamentar, poderá terminar mais tarde de forma a ser terminada a jogada, com um remate, ou então para a marcação de bolas paradas.

Já nas regras 12 (faltas e infracções) e 16 (arremesso de bola), os guarda-redes terão de ter maior atenção quando jogam com os pés. Desta forma, depois do guarda-redes colocar a bola em jogo já não poderá receber a bola dos seus colegas, sem que a bola passe o meio campo, ou que algum adversário toque na bola. Caso aconteça o contrário, será marcado um livre indirecto de onde foi efectuado o passe.

Por outro lado, anteriormente era possível o guarda-redes avançar no terreno e circular a bola na sua metade de campo, em situações de 5 para 4, algo que irá mudar. O guarda-redes só pode controlar a bola uma vez no seu meio campo, com o tempo máximo de 4 segundos, e só voltará a tocar na bola nessa zona do terreno, se o adversário tocar na bola. De qualquer forma, o guarda-redes poderá avançar para a outra metade do campo, sem que a bola passe para a sua zona defensiva. Caso seja cometida essa infracção será marcado um livre directo, marcado no local onde foi feito o passe, e conta como falta acumulada.

Leis de Jogo
Normas e Instruções para Árbitros de Futsal

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À ATENÇÃO DOS GUARDA-REDES...


O Guarda-redes após soltar a bola apenas a pode voltar a tocar no seu meio-campo após esta ter tocado no adversário ou acidentalmente num colega. A parte do acidentalmente é colocada para salvaguardar situações em que o GR defende e a bola toca num colega acidentalmente.
Relativamente a tocar a bola no meio-campo ofensivo, a regra é diferente para o lançamento de baliza. Em todas as outras situações o GR "limpa" após passar a linha do meio campo mesmo que a bola não tenha tocado no adversário, isto é, o GR apenas pode tocar a bola se estiver colocado no meio-campo ofensivo. No caso do lançamento de baliza apenas pode voltar tocar na bola, mesmo que no meio-campo ofensivo após esta ter tocado no adversário.